Este é um romance que se lê com a intensidade de uma partida de xadrez, jogada a jogada, com todos os ingredientes de uma personagem consagrada pelo czar, perseguida por Estaline, chantageada por Goebbels e odiada por muitos praticantes do jogo. Russo branco, naturalizado francês, Alexandre Alekhine foi o único campeão do mundo a ter perdido e depois reconquistado o título.
Em Buenos Aires foi apanhado pelo começo da II Guerra Mundial, em 1939. Mobilizado e obrigado a regressar a Paris, testemunhou o colapso do seu país de adoção; instrumentalizado e sitiado pelos novos donos da Europa, é obrigado por Joseph Goebbels a participar em torneios nos novos territórios do III Reich. De jogador, transforma-se em objeto de jogo. As peças-chave caem no tabuleiro da sua vida: a sua mulher, Grace, os grandes mestres judeus, até os seus melhores rivais. Sozinho contra todos e contra ele próprio. Morre no Estoril, em 1946.
O Palácio do Grilo, em Lisboa, abre a portas para a sessão de lançamento de A Diagonal de Alekhine, de Arthur Larrue, a 29 de abril, às 19h00. Com apresentação de José Mário Silva.