2019-05-21

Terra Incognita | O Encontro com a magia perdida

«Canto Nómada», de Bruce Chatwin, traduzido por José Luís Luna. Disponível a partir de sexta-feira.

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Um novo título da coleção Terra Incognita, a nova coleção de literatura de viagem da Quetzal, chega esta semana às livrarias: «Canto Nómada», de Bruce Chatwin, traduzido por José Luís Luna. Disponível a partir de sexta-feira. 

Trinta anos depois da morte de Bruce Chatwin, a Quetzal Editores publica este extraordinário relato de viagem através dos caminhos mágicos dos antigos aborígenes da Austrália, em busca da beleza, da espiritualidade, do tempo e do sentido da vida. No coração da Austrália, Canto Nómada, de Bruce Chatwin, promove o encontro do leitor com a magia perdida. «Canto Nómada mistura ficção e não ficção, personagens reais e personagens com hábitos e papéis puramente inventados, diálogos meticulosamente registados nos seus moleskines e frases que deviam ser ditas por aquelas pessoas. Mistura também australianos brancos e australianos nativos. Maldade e bondade. Sonho e crueza. Beleza e fealdade», escreve Francisco José Viegas no prefácio a esta nova edição do livro.

O grande território da Austrália pré-colonial era um mapa povoado por aborígenes, nómadas e caçadores-recoletores. Os caminhos que eles percorriam, trilhos quase invisíveis e flutuantes, são hoje conhecidos como songlines, mas para os antigos habitantes significavam também um rasto da memória dos seus ancestrais que, como numa lenda sobre a criação do mundo, caminhavam sobre o desconhecido. É nesse mundo solitário e quase desabitado da Austrália que Chatwin coloca as suas personagens numa espécie de viagem filosófica, esmagadas pela paisagem, cruzando-se com caçadores de fortunas ou feiticeiros aborígenes, campónios desterrados, polícias que gostariam de ser escritores ou camionistas perdidos. Ao longo dessa viagem destemida, interrogamo-nos acerca do nosso destino, sugerindo que somos uma espécie de nómadas desenhando caminhos sobre a terra.