É esse olhar que se descobre no conjunto de histórias e personagens que ocupam vários tempos e espaços, em A Trombeta Vaga, onde encontramos homens a cair de ribanceiras em câmara lenta; a incendiar campos minhotos e a própria alma; a observar velhos desconhecidos no jardim do Príncipe Real; a sonhar com supermercados de bizarras ressonâncias metafóricas; à espera do autocarro, numa tarde de inverno aparentemente normal; a passar férias em idílios estivais no Oeste, que acabam por tornar-se objeto da ira divina.
São retratos de solitários a quem a vida, em momentos de especial arrebatamento, parece querer dizer alguma coisa.
Nas livrarias a 16 de fevereiro.