2018-10-19

O sentido trágico da vida faz rir mais do que a felicidade

Quetzal reedita crónicas de Maria Filomena Mónica

Partilhar:
Ao longo de uma década (1985-1996), Maria Filomena Mónica escreveu sobre as mudanças que se verificavam em Portugal – e deixou perguntas sobre elas. Sobre a vida moderna dos portugueses e do Estado, a política e a sexualidade, a burocracia e a universidade, as escolas públicas e as televisões privadas, a polícia e os partidos, as cirurgias estéticas e a televisão por cabo, os heterónimos de Marcelo Rebelo de Sousa, a força da inveja no nosso país e a importância do Natal. São textos que deixaram marca na época – e que continuam a ser uma referência quando procuramos um retrato desses anos fatais da nossa memória. «Vida Moderna» reúne artigos publicados na imprensa nacional, coligidos por Vasco Rosa, que os arrumou tematicamente, lhes deu títulos (quando não os havia) e organizou o índice onomástico. Escrito na primeira pessoa, neste livro a socióloga nunca desaparece e a mulher estrangeirada, culta e minuciosa nunca desiste de fazer o seu retrato de quem nós somos, do que nos falta ser e daquilo que mudou na sua vida – e na vida moderna.