Mais de uma década depois da primeira edição, a Quetzal publica novamente La Coca, a investigação literária na primeira pessoa de J. Rentes de Carvalho sobre o tráfico de droga e a violência nas margens do rio Minho. Sendo uma viagem de revisitação do autor aos lugares da infância e da primeira idade adulta, La Coca é também um pequeno tratado sobre os mecanismos da memória. Um romance breve, profundamente irónico e terno. E a escrita clara, brilhante, de Rentes de Carvalho. Chega às livrarias a 1 de junho.
Manuel Galeano – que sempre «tivera o contrabando no sangue» – desapareceu antes do segundo encontro. Inesperadamente, como cruzara o caminho do seu velho conhecido em Amsterdão. O primeiro encontro, seguido de uma conversa saborosa no bar de um hotel, cheia de memórias de juventude e de algumas confidências do presente, é o ponto de partida para uma longa evocação e uma viagem tão sentimental como perigosa em busca da história do tráfico entre o Minho e a Galiza: de cigarros, whisky, barras de ouro, gado e café; mas, depois, chegam as drogas duras e os protagonistas de histórias ainda mais duras carre-gadas de morte e aventura: Diogo Romano, El Min, Sito Miñanco, o Pardal, o Pepe, Mustafá, Zé Luís e o Laurestim, que durante décadas enformaram o imaginário pícaro local.