Corajosos e malandros, mentirosos, que fazem pela vida. Gente de carne e osso que aprendeu a desconfiar e a sobreviver num país do solidó, sempre com aquela musiquinha em fundo, atrevida e monótona, divertida e medíocre. No país do solidó, estes retratos são instantâneos das vidas verdadeiras que não aparecem nos jornais nem na sociologia universitária, mas frequentam as redes sociais e as igrejas que ainda restam.
Entre o conto e a crónica, trocando os nomes e avariando as grandes teorias sobre o funcionamento da pátria, J. Rentes de Carvalho não dá explicações sobre um mundo que não quer ser explicado – mas observa-o com humor, cumplicidade, atrevimento, uma compreensão que não pode distância mas proximidade. São personagens que não receberão medalhas no Dia de Portugal, mas compõem um dos melhores retratos de todos nós. O País do Solidó chega às livrarias a 17 de junho.