Siríaco existiu mesmo – era o «rapaz-tigrado», educado na corte e integrado na chamada «corte exótica» da rainha D. Maria I, ao lado de um séquito de doze anões africanos e índios. Charles Darwin também esteve durante 16 dias na ilha de Santiago de Cabo Verde, onde iniciou as suas primeiras investigações para A Origem das Espécies.
Em Siríaco e Mister Charles, o rapaz-tigrado acompanha a família real na fuga para o Brasil, em novembro de 1807. Durante a paragem na vila da Praia, ilha de Santiago, apaixona-se — e decide abandonar tudo e ficar em Cabo Verde. Em 1832, torna-se intérprete e ajudante do jovem Darwin nas suas explorações pela ilha e entre ambos cresce uma relação de confiança e respeito mútuos.
Sobrevoando os territórios da História e da imaginação, este é um romance sobre cumplicidade, raça, racismo, império e memória.
Chega às livrarias a 5 de maio.