Alegria Breve

ISBN: 9789897222054
Edição/reimpressão: 01-2015
Editor: Quetzal Editores
Código: 000068000525
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SINOPSE

No ano em que se comemoram os 50 anos sobre a primeira publicação de Alegria Breve, a Quetzal disponibiliza uma nova edição deste importante marco da narrativa vergiliana.
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CRÍTICAS DE IMPRENSA

«A sua grandeza é autêntica. Há um apelo pungente que é real, uma desfibradora procura que entra também por nós, uma expectativa tensíssima até ao fecho de sua última frase. Conhecida a sua última frase escrita, Alegria Breve renova-se como um princípio. A sua memória continua (…). É em esperança e em força que se resolve a longa experiência de deserto, de provação, de agonia, que atravessamos com Alegria Breve. (…) Um livro de plenitude.»
Maria Aliete Galhoz, O Tempo e o Modo, n.º 36, Março de 1966
«Ganharei o jogo? Perco sempre. Porque tentar ainda? Ganhar uma vez. Uma vez só. Às vezes penso: ganhar uma vez e não jogar mais. Esqueceria as derrotas, a memória do homem é curta. E no entanto... Começo a sentir-me bem, perdendo. Quer dizer: começo a não sentir-me mal. A capela de S. Silvestre já não brilha. Mas ainda se vê bem. É triste o entardecer, boiam coisas mortas na lembrança, como afogados. Uma nuvem clara passa agora não sobre o monte de S. Silvestre, mas sobre o outro, o pico d’El-Rei. É um pico menos aguçado, forma um redondo de uma cabeça. Há quanto tempo já lá não vais? Para o lado de trás, vê-se o sinal de uma aldeia (aldeia?), um sinal breve, trémulo, branco. Quando se olha, o tempo é imenso, e a distância — a vida é frágil e temos medo. Dou xeque duplo, vou-te comer a torre, Padre.»

DETALHES DO PRODUTO

Alegria Breve
ISBN: 9789897222054
Edição/reimpressão: 01-2015
Editor: Quetzal Editores
Código: 000068000525
Idioma: Português
Dimensões: 151 x 230 x 21 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 272
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Romance
Romancista e ensaísta português, natural de Melo (Gouveia), nasceu em 1916 e morreu em 1996. Estudou no Seminário do Fundão, licenciou-se em Filologia Clássica na Universidade de Coimbra e exerceu funções docentes no Ensino Secundário. Notabilizou-se no domínio da prosa ficcional, sendo um dos maiores romancistas portugueses deste século.
Literariamente, começou por ser neo-realista (anos 40), com "Vagão Jota" (1946), "Mudança" (1949), etc. Mas, a partir da publicação de "Manhã Submersa" (1954) e, sobretudo, de "Aparição" (1959), Vergílio Ferreira adere a preocupações de natureza metafísica e existencialista. A sua prosa, que entronca na tradição queirosiana, é uma das mais inovadoras dos ficcionistas deste século.
O ensaio é outra das grandes vertentes da sua obra que, aliás, acaba por influenciar a sua criação romanesca. Temas como a morte, o mistério, o amor, o sentido do universo, o vazio de valores, a arte, são recorrentes na sua produção literária. Além disto, Vergílio Ferreira deixou-nos vários volumes do diário intitulado "Conta-Corrente". Das suas últimas obras destacam-se: "Espaço do Invisível", "Do Mundo Original" (ensaios), "Para Sempre" (1983), "Até ao Fim" (1997) e "Na tua Face" (1993).
Para além do Prémio Camões, em 1992, recebeu inúmeros outros prémios:
Prémio Camilo Castelo Branco (1960)
Prémio D. Dinis (1981)
Prémio Literário Município de Lisboa (1983)
Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (1984)
Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários (1984)
Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB (1987)
Prémio Jacinto do Prado Coelho (1987)
Prémio Femina (França) para romance estrangeiro (1990)
Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (1991)
Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa (1992)
Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB (1993)
Prémio P.E.N. Clube Português de Ensaio (1993)
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