2023-05-30

Memória e informação no novo livro de Jennifer Egan.

É já esta semana, na quinta-feira, que chega às livrarias, com tradução de Vasco Teles de Menezes, Uma Casa Feita de Doces, o romance que pode ser considerado uma sequela de A Visita do Brutamontes, de Jennifer Egan, vencedor do Prémio Pulitzer de 2011. Uma ambiciosa ficção sobre a procura de autenticidade e de sentido num mundo em que a memória e a identidade deixaram de ser privadas.

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O tempo deste romance está poucos anos adiante do nosso. O dono de uma tecnológica milionária desenvolveu uma rede que permite que cada um tenha acesso a todas as suas memórias, assim como às dos outros – ou seja, a uma memória coletiva. A adesão à rede é grande, mas há quem entenda que o preço a pagar por um mundo em que o crime pode ser erradicado e em que tudo o que está desaparecido pode vir a ser encontrado é demasiado alto – e perigoso como dar uma dentada numa casa feita de doces.

Em narrativas interligadas, com diferentes estilos e registos, mostra-se o impacto desta tecnologia nas personagens cujos caminhos se cruzam ao longo de várias décadas. Algumas delas recuperadas de A Visita do Brutamontes, como a cleptomaníaca Sasha ou o empresário Lou Kline e o seu antigo protégé Bennie Salazar.

Considerado um dos melhores romances do ano de 2022, por publicações como The New York Times, The New Yorker, Time, Publisher’s Weekly, Esquire, entre muitas outras, Uma Casa Feita de Doces proporciona uma leitura pop, tecnológica, musical, lúdica, estonteantemente inteligente e imaginativa.