2018-02-22

José Tolentino Mendonça orienta retiro do papa Francisco

José Tolentino Mendonça é o responsável pelas meditações que vão acompanhar os Exercícios Espirituais do papa Francisco e dos colaboradores da Cúria Romana, que tiveram início no primeiro domingo da Quaresma, 18 de fevereiro, e têm conclusão prevista para dia 23, em Ariccia, próximo de Roma.

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“Elogio da sede” é o tema geral das reflexões a propor. “A ciência da sede”, “Percebi que estava com sede”, “Esta sede de nada”, “A sede de Jesus”, “As lágrimas contam uma sede”, “Beber da própria sede”, “As formas do desejo”, “Escutar a sede das periferias” e “A bem-aventurança da sede” são os títulos das meditações.

Já em «O pequeno caminho das grandes perguntas», publicado pela Quetzal em 2017, Tolentino Mendonça escrevia «Bebemos de tantas fontes e a sede volta sempre… Experimentamos o que é saciar-se provisoriamente, e não ficar com o coração transparente, iluminado. Conhecemos o que é procurar, o que é bater insistentemente a diferentes portas, e continuar, no entanto, adiado. Às tantas sentimos que nem que bebêssemos toda a água do mundo a sede que trazemos poderia tranquilizar-se.»

Poeta, sacerdote e professor, José Tolentino Mendonça nasceu na ilha da Madeira. Estudou Ciências Bíblicas em Roma e vive em Lisboa, onde, entre outras responsabilidades académicas e pastorais, é vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa (onde se doutorou em Teologia), diretor do Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião e capelão da capela do Rato. É também consultor do Pontifício Conselho para a Cultura (órgão do Vaticano). Tem publicado diversos livros de poesia, ensaio e teatro na editora Assírio & Alvim e colaborado em muitos outros como tradutor e organizador. A sua obra tem sido distinguida com vários prémios, entre eles o Prémio Cidade de Lisboa de Poesia (1998), o Prémio Pen Club de Ensaio (2005), o italiano Res Magnae, para obras ensaísticas (2015), o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes APE (2016), o Grande Prémio APE de Crónica (2016) e, mais recentemente, o prestigiado Prémio Capri-San Michele (2017).