“Elogio da sede” é o tema geral das reflexões a propor. “A ciência
da sede”, “Percebi que estava com sede”, “Esta sede de nada”, “A
sede de Jesus”, “As lágrimas contam uma sede”, “Beber da própria
sede”, “As formas do desejo”, “Escutar a sede das periferias” e “A
bem-aventurança da sede” são os títulos das meditações.
Já em «O pequeno caminho das grandes perguntas», publicado pela Quetzal em 2017, Tolentino Mendonça escrevia
«Bebemos de tantas fontes e a sede volta sempre… Experimentamos o que é saciar-se provisoriamente, e não ficar com o
coração transparente, iluminado. Conhecemos o que é procurar, o que é bater insistentemente a diferentes portas, e
continuar, no entanto, adiado. Às tantas sentimos que nem que bebêssemos toda a água do mundo a sede que trazemos
poderia tranquilizar-se.»
Poeta, sacerdote e professor, José Tolentino Mendonça nasceu na ilha da Madeira. Estudou Ciências Bíblicas em Roma
e vive em Lisboa, onde, entre outras responsabilidades académicas e pastorais, é vice-reitor da Universidade Católica
Portuguesa (onde se doutorou em Teologia), diretor do Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião e
capelão da capela do Rato. É também consultor do Pontifício Conselho para a Cultura (órgão do Vaticano). Tem
publicado diversos livros de poesia, ensaio e teatro na editora Assírio & Alvim e colaborado em muitos outros como
tradutor e organizador. A sua obra tem sido distinguida com vários prémios, entre eles o Prémio Cidade de Lisboa de
Poesia (1998), o Prémio Pen Club de Ensaio (2005), o italiano Res Magnae, para obras ensaísticas (2015), o Grande
Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes APE (2016), o Grande Prémio APE de Crónica (2016) e, mais recentemente, o
prestigiado Prémio Capri-San Michele (2017).
2018-02-22