O Ruído do Tempo

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SINOPSE

Em janeiro de 1936, Estaline assistiu à apresentação da muito aclamada ópera de Shostakovitch, Lady Macbeth de Mtensk, no Teatro Bolshoi, em Moscovo. O compositor ficou muito perturbado com a intempestiva e prematura saída do líder do camarote, acompanhado pela sua comitiva. Dois dias depois aparecia no jornal Pravda uma crítica com o título «Chinfrim em vez de Música», escrita provavelmente pela pena do próprio Estaline. Diz Julian Barnes sobre o livro: «A colisão entre Arte e Poder - e o exemplo específico de Shostakovitch - é o coração do meu romance. Shostakovitch foi, durante meio século, o compositor mais celebrado da União Soviética, desde o sucesso mundial da sua Primeira Sinfonia, em 1926 (tinha ele 19 anos), até à sua morte, em 1975. No entanto, ele foi também o compositor que, na História da Música ocidental, foi mais perseguido, e durante mais tempo, pelo Estado e que sofreu pequenas e caprichosas interferências e ameaças de morte, passando por uma longa e constante coação e intimidação. Em muitas ocasiões, sob a ditadura estalinista, Shostakovitch temeu pela sua vida, com razão. […] "A História, assim como a biografia, irá desvanecer-se. Talvez um dia, fascismo e comunismo sejam apenas palavras num livro de texto. Nessa altura […], a sua música será apenas música." À medida quo o ruído do tempo diminui, é mais fácil ouvir melhor a música de Shostakovitch. O melhor sobrevive. Também é mais fácil ver o homem propriamente dito: complicado, cheio de conflitos e de princípios, que se condena, leal, teimoso, astuto, divertido, sarcástico e pessimista, cuja existência consistia inteiramente na sua música.»
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COMENTÁRIOS DOS LEITORES

O tempo do ruído
Pedro Matias | 2025-05-02
Julian Barnes faz, em “O ruído do tempo”, uma crítica feroz do estalinismo que poderá causar algum incómodo a eventuais saudosos desses tempos macabros. Fá-lo com uma escrita mordaz, cáustica, mas cheia de humor, ao mesmo tempo que desconstrói alguns mitos que pretendem não haver distinção entre a URSS de Estaline e a que se lhe seguiu, não pior que o que se pode encontrar em muitos países que o “Ocidente” muito apoia e enaltece (Arábia Saudita, Catar, etc.), não pior que os USA de Mc Carthy ou Hoover ou, daqui a pouco, de Trump, e não pior que a Rússia de Putin ou qualquer outra ditadura. Não nos esqueçamos que, tal como Júlio Pomar e Amadeu Sousa Cardoso ou Zeca Afonso e vários outros músicos portugueses, também Kandinsky, Stravinsky e muitos outros artistas rumaram a Paris para fugir, alguns à morte ou à prisão, outros a uma criatividade castrada por estéticas “oficiais”. Para além da crítica política, oferece-nos uma abordagem interessante à vida e obra de Dmitri Shostakovich e faz desfilar, perante, os leitores, nomes incontornáveis da cultura russa, principalmente da sua música admirável. Não será o melhor que Julian Barnes tem para nos oferecer, mas é, ainda assim, um Julian Barnes que vale a pena ser lido.
Uma obra que faz pensar
All | 2025-01-20
Traz uma consciencialização do passado para a nossa atualidade.

DETALHES DO PRODUTO

O Ruído do Tempo
ISBN: 9789897223068
Edição/reimpressão: 06-2016
Editor: Quetzal Editores
Código: 000068000617
Dimensões: 152 x 240 x 18 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 200
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Romance
Julian Barnes nasceu em Leicester em 1946. Licenciou-se em Oxford (com louvor) em Línguas Modernas. É autor de mais de vinte livros – e um dos mais notáveis escritores da sua geração. Ganhou, em 2011, o prémio Booker por O Sentido do Fim. Três dos seus romances foram, aliás, finalistas deste prémio, entre eles O Papagaio de Flaubert, também galardoado com os prémios Medicis e Fémina. A obra de Julian Barnes está praticamente toda publicada na Quetzal que, a par de cada título novo, recupera os mais importantes da sua backlist.
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