Os Mares do Sul
O trabalho de Carvalho - um detetive barcelonês de origem galega, ex-comunista, gastrónomo - é descobrir o que Stuart Pedrell fez durante esse ano. Para isso, começa por conhecer a personalidade peculiar da vítima - os seus passatempos intelectuais e a sua obsessão em seguir os passos de Gauguin e ir aos mares do Sul, que no romance é um símbolo insistente do sonhado e do irrealizável, símbolo de plenitude e purificação moral. Ao mesmo tempo, Pedrell está no centro de um turbilhão que tem como pano de fundo o sentimento de frustração geral vivido na Catalunha.
Da alta sociedade rica ao submundo dos subúrbios, o romance traça um quadro intenso de personagens e ambientes que reflete os conflitos pessoais e coletivos da Espanha daquela época, mas também o conjunto de contradições que se vivia e continua a viver na Catalunha.