«Este é o primeiro dos meus livros – sem dúvida o único – que você não terá lido antes de impresso. É-lhe inteiramente consagrado e não lhe diz respeito.» É aos amigos de Sartre que Beauvoir se dirige, «àqueles que desejam conhecer melhor os seus últimos anos». De 1970 a 1980, a escritora descreve o declínio de Sartre e a maneira como ele o encarou, o seu amor à vida, as suas posições políticas e a sua morte.
Nos anos de 1970, ainda se sentiam as ondas de choque do maio de 68, momento em que fora necessário repensar tudo. Beauvoir afirma que Sartre pensa contra si próprio e considera-o o «novo intelectual» (por oposição ao «clássico»), o que tende a fundir-se com as massas para fazer triunfar a «verdade universal». Em 1980, Sartre voltou-se para Deus. No mesmo ano, entrou em coma e morreu.
«Ela quis dizer tudo, tudo.» L’Express