Literatura e rock: nada disto é estranho na vida de Patti, que percorre um caminho contaminado pelo amor à literatura, como se em cada evocação estivesse a recuperar tempo perdido. «Patti visita os lugares em nome de uma memória que eles transportam e de que nunca hão de poder desligar-se. […] Há neste livro uma coisa poderosa e cheia de vibração: a paixão (verdadeira) pela literatura».
Sentada no seu café nova-iorquino preferido, Patti Smith lembra as sucessivas viagens que alimentam as suas obsessões artísticas e literárias, bem como o seu desejo de uma beleza que transgrida a ordem do tempo. Viajamos da Guiana ou do México e da casa de Frida Kahlo até Berlim, contemplamos os túmulos de Jean Genet, Sylvia Plath, Rimbaud e Mishima, sentamo-nos na cadeira que pertenceu a Roberto Bolaño, visitamos hotéis que lembram séries de televisão, homenageamos Burroughs, ou Sebald — e, como todos os viajantes, recordamos coisas sem explicação.
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Terra Incognita é o nome da coleção de literatura de viagens da Quetzal. Mais do que livros de viagens com um formato especial, Terra Incognita reúne títulos e autores que desprezam a ideia de turismo e fazem da viagem um modo de conhecimento.