Borges aborda alguns dos grandes temas que o fascinaram ao longo da vida: o Oriente e o Ocidente, As Mil e Uma Noites, o sonho e o pesadelo, a realidade e a ficção, a poesia, a Divina Comédia, a cabala, o budismo ou a cegueira – ouvindo-o confessar que perdeu a conta às vezes que leu a Divina Comédia, ou acompanhando o seu raciocínio sobre o papel dos sonhos: «E se os pesadelos fossem gretas do Inferno?» Podemos, com Borges, explorar o sentido do «livro infinito», cujo título «é um dos mais belos do mundo» e, por fim, em tom de confidência, ouvi-lo falar do lado íntimo da sua cegueira: «O mundo do cego não é a noite que as pessoas supõem.»
Sete Noites chega a 19 de setembro às livrarias, com tradução de José Colaço Barreiros, e dá continuidade à série de capas retiradas do tríptico As Tentações de Santo Antão, do pintor Hieronymus Bosch, exposto no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.