João Luís Barreto Guimarães foi o vencedor da VI edição do Prémio de Poesia António Ramos Rosa, com o livro Mediterrâneo. O júri, do qual fizeram parte Nuno Júdice, José Tolentino Mendonça e Adriana Nogueira, decidiu galardoar este ano o nono livro de poemas originais do poeta portuense. Publicado em março de 2016, Mediterrâneo é uma deambulação pela história e pela cultura europeia e mediterrânica, atravessando a paisagem física e espiritual, bem como o tempo entre a Antiguidade clássica e a contemporaneidade.
O Prémio de Poesia António Ramos Rosa, instituído pelo município de Faro, destina-se a galardoar um livro de poesia escrito em português, publicado integralmente em 1ª edição. Este prémio, do qual já se realizaram cinco edições, em 1999, 2001, 2007, 2009 e 2015, procura promover o aparecimento de novos poetas, mas também reconhecer o trabalho dos já consagrados. Em todas as edições teve mais de 50 obras a concurso, tendo sido atribuído a poetas de reconhecida excelência literária como Fernando Echevarria, Fernando Guimarães, Nuno Júdice, João Rui de Sousa e Luís Quintais e tem o valor de €5.000 (cinco mil euros).
Mediterrâneo é precedido por Você Está Aqui (2013) e Poesia Reunida (2011), publicados pela Quetzal Editores.
A cerimónia de entrega do prémio realizar-se-á no dia 9 de setembro, às 17h em Faro.
João Luís Barreto Guimarães nasceu no Porto, em junho de 1967. É poeta, cirurgião plástico e vive em Leça da Palmeira com a mulher e a filha. É um dos poetas mais prolíficos e empenhados na causa poética – viver através e para a poesia. Publicou o primeiro livro de poemas Há Violinos na Tribo, em 1989, a que se seguiram Rua Trinta e Um de Fevereiro (1991), Este Lado para Cima (1994), Lugares Comuns (2000), 3 (poesia 1987-1994), em 2001, Rés-do-Chão (2003), Luz Última (2006) e A Parte pelo Todo (2009). Poesia Reunida (2011) aproximou os primeiros sete livros que constituem a sua obra editada até ao momento. Em 2013 publica Você Está Aqui, o balanço poético e pessoal do homem e do poeta, aos 40 anos, a procura e reafirmação do seu lugar, e da sua poesia, no mundo.
Notas de imprensa sobre João Luís Barreto Guimarães:
«Em JLBG, o humor é um sentido extra, um assumir do desconcerto do mundo, uma fuga em frente.» Pedro Eiras, Colóquio/Letras
«Uma sensibilidade quase epidérmica das ocorrências da vida.» Fernando Guimarães, Jornal de Letras
«O nome de JLBG é absolutamente central no quadro da evolução da linguagem poética portuguesa.» António Carlos Cortez, Jornal de Letras
«… a verdade é que ele só sabe escrever “de dentro da vida” e faz sempre da vida (e da escrita) uma celebração.» José Mário Silva, Expresso
«A primeira coisa que me parece de assinalar é o espírito de jogo e de ironia (…) Depois, a densa memória cultural que parece habitar esta poesia.» Luís Quintais, Relâmpago
2017-08-08