Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos.
Dirigido a todos os que queiram entrar no universo da poesia horaciana, esta é uma escrita que «pretende ser mais do que literatura», escreve Frederico Lourenço. «Tem o objetivo de ensinar quem a lê a ser feliz.» «Para contentar uns e outros, as anotações estão pensadas para ser plenamente acessíveis a quem não saiba latim, mas também oferecem dicas para amparar os leitores que lutam com as frases latinas», esclarece o tradutor.