2024-07-09

Espanto e terror nas histórias dos sobreviventes de um naufrágio do séc. XVIII.

Os Náufragos do Wager, de David Grann, conta a história do calamitoso afundamento de um navio de guerra britânico em meados do séc. XVIII, junto à costa da Patagónia. Um relato a tantas vozes quanto as dos sobreviventes desta verdadeira epopeia dos mares, cujos testemunhos inspiraram os filósofos Rousseau, Voltaire e Montesquieu, bem como Charles Darwin, Herman Melville ou Patrick O’Brian.

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Mestre da narrativa de não-ficção, David Grann faz desta história de motim em alto-mar, rebeldia, assassínio e tirania, que envolve até canibalismo, um thriller de aventuras marítimas difícil de largar. Chega às livrarias nacionais, com tradução de Vasco Teles de Menezes, a 18 de julho.

No início de 1742, uma embarcação rudimentar, com trinta homens à beira da morte, deu à costa no sul do Brasil. Eram sobreviventes do Wager, que deixara a Inglaterra dois anos antes, como parte de uma esquadra de navios de guerra com dois mil tripulantes e uma missão secreta: perseguir e capturar um galeão espanhol cheio de tesouros. O Wager acabaria por naufragar numa ilha da Patagónia. Seis meses depois, outra embarcação ainda mais decrépita apareceu no Chile com três náufragos que contaram uma história muito diferente: os trinta marinheiros que haviam desembarcado no Brasil não eram heróis – eram amotinados.

À semelhança do que aconteceu com o anterior livro de David Grann Assassinos da Lua das Flores, este terá também uma adaptação ao cinema, num filme realizado por Martin Scorsese e com Leonardo DiCaprio como protagonista.