2025-01-10

Edição comemorativa dos 40 anos da primeira publicação.

Corria o ano de 1984 quando um jovem Julian Barnes escrevia aquele que seria o seu terceiro romance. Divertido, cómico, sério, nostálgico, O Papagaio de Flaubert marcou a história da literatura do século XX pela sua sofisticada invenção e carácter revolucionário. Inicialmente surpreendido com o sucesso deste livro, o escritor britânico regozija-se com o caminho percorrido, num prefácio (traduzido por Vasco Teles Menezes) que acompanha a edição portuguesa da Quetzal para assinalar estes 40 anos: «Hei de acabar por morrer, enquanto o meu livro, espero eu, há de continuar imperturbavelmente a viver.»

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Com tradução de Ana Maria Amador, O Papagaio de Flaubert é um dos mais aclamados livros de Julian Barnes, um romance magistral sobre literatura, talento, compotas de groselha, ursos, vestidos de mulher, Flaubert, comboios, política, século XIX, absurdo, morte, solidão, escritores, crítica literária – e beleza.

«Uma parte de mim suspeitou que o livro pudesse interessar apenas aos fanáticos de Flaubert, aos professores de Francês e aos lunáticos ocasionais que não fossem afastados pela noção de hibridismo», escreve, satisfeito por reconhecer que «há muitos que se divertem mergulhando ignaramente num romance ou obra de não ficção como num lago, sem saber antecipadamente a profundidade ou a temperatura da água.» Na sua designação, «leitores adequadamente curiosos». Não somos todos?

Nas livrarias a 16 de janeiro.