2024-02-19

Curso de poesia para alunos de medicina chegou à imprensa internacional.

«Peço aos alunos que leiam poemas que falam sobre empatia, compaixão, solidariedade e outros valores humanistas que os médicos devem procurar seguir quando estão diante de um paciente», diz João Luís Barreto Guimarães ao The Guardian.

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O texto da reportagem (que esteve durante dois dias no top de leituras online do jornal britânico) apresenta a cadeira de Introdução à Poesia no mestrado integrado de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto, ministrada desde setembro de 2021 pelo autor de Aberto Todos os Dias, Nómada ou Mediterrâneo, livros publicados pela Quetzal.

O objetivo das aulas é o de «usar e explorar maioritariamente poemas cuja temática é o corpo, o espírito, a alma, a doença, uma experiência no hospital, uma experiência de nascimento, de morte, o luto, a convalescença». «É interessante levar esta linguagem aos alunos, para não se esquecerem de reparar e parar perante os doentes e familiares no dia em que lhes aparecer a dor pela frente», declarou João Luís Barreto Guimarães na altura.

Com cerca de 30 alunos por ano, a cadeira de poesia no ICBAS tem sido notícia na imprensa portuguesa e chegou agora à imprensa internacional – o The Guardian elogia o uso de «poemas sobre cenários médico-paciente ou ambientes familiares de saúde, por exemplo, que oferecem aos alunos uma ponte para os seus estudos de medicina». Exatamente o que pretendia João Luís Barreto Guimarães, Prémio Pessoa em 2022: «Poderá haver um dia em que, perante um doente, algum destes alunos faça a ponte para algum dos poemas que leu durante as aulas e isso será um ganho.»

O novo livro do autor será publicado pela Quetzal no próximo mês de setembro.