2024-07-17

Aventura memorialística com Manuel Teixeira-Gomes.

Há 100 anos, Manuel Teixeira-Gomes era Presidente da República Portuguesa, cargo que exerceu entre 1923 e 1925, altura em que renunciou e partiu em exílio voluntário para a Argélia. Nunca mais regressaria. Desse tempo ficam os livros que escreveu, como é o caso de Regressos, agora publicado na coleção Terra Incognita, da Quetzal, com introdução de Francisco José Viegas e prefácio de Urbano Tavares Rodrigues. Esta «espécie de guia artístico das belezas monumentais de Portugal», nas palavras do prefaciador, chega às livrarias a 8 de agosto. Uma visitação a Portugal, à memória e à melancolia.

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Regressos, um livro de viagem, de saudades e de fragmentos, teve duas edições logo em 1935, um sucesso extraordinário para a época. Os textos deste livro são escritos de memória, retomando apontamentos – mas o tom minucioso, a atenção ao pormenor, a galeria de personagens ou a transcrição de conversas são de uma vivacidade notável, onde se nota sempre o grande escritor que foi e o repórter que poderia ter sido. «Um erudito em passeio pelos testemunhos do passado», escreve Francisco José Viegas. «Os retratos são impressionistas, coloridos, temperamentais.» Em todos eles está presente o grande escritor em busca de um país a que nunca mais voltou.

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Terra Incognita é o nome da coleção de literatura de viagens da Quetzal. Mais do que livros de viagem com um formato especial, Terra Incognita reúne títulos e autores que desprezam a ideia de turismo e fazem da viagem um modo de conhecimento.