2023-07-12

As últimas coisas, o fim e o esquecimento.

«Haverá alguma vez um exemplo mais angustiante do que Roger [Federer] a servir na final de 2019 em Wimbledon contra Djokovic com 8-7 no quinto set? […] Foi uma derrota particularmente difícil e pesada.» É sobre os momentos finais, as últimas obras e o desconhecimento do desfecho que o britânico Geoff Dyer discorre no livro Os Últimos Dias de Roger Federer e Outros Finais, brilhantemente traduzido por Bruno Vieira Amaral e que a Quetzal faz chegar às livrarias a 20 de julho.

Partilhar:

«Este livro é sobre as últimas coisas, mas também um livro sobre as coisas às quais se chega no fim, já tarde, coisas que estávamos em risco de morrer sem ter lido ou experimentado», explica Geoff Dyer. «Haverá inevitavelmente um último livro, como há um último amante, uma última primavera.» Um último sopro de génio. Geoff Dyer explora os últimos dias, as últimas obras ou as obras tardias de escritores, pintores, músicos, cineastas e estrelas do desporto que marcaram a nossa memória.

Com charme, ironia e inteligência, revê o colapso de Friedrich Nietzsche em Turim, as reinvenções de antigas canções de Bob Dylan, a pintura de Turner com a sua abstração harmoniosa, a ressurreição tardia de Jean Rhys, as derradeiras melodias de John Coltrane, mas também os últimos quartetos de Beethoven, os poemas finais de Larkin ou as últimas canções dos The Doors, o último sopro criativo de Walter Scott, Joyce, Updike ou David Foster Wallace.

Os Últimos Dias de Roger e Outros Finais é um livro sobre o vasto catálogo dos tópicos preferidos de Dyer, que vão do rock à história militar, passando pelo ténis, jazz, drogas, cinema, pintura ou fotografia.