«A verdade é que a Grécia que eu recordava não renascia dentro de mim. Pelo contrário, perdia-se. Além disso, eu próprio tinha mudado. Já não era o jovem grego de 25 anos que tinha partido para a Suécia. Era o septuagenário grego que tinha vivido mais de meio século na Suécia. Mesmo que reencontrasse a Grécia que tinha deixado, talvez esta já não me agradasse.»
Outra Vida Para Viver é uma meditação eloquente, elegante e motivadora sobre a escrita e o lugar de um autor num mundo em mudança, uma autobiografia poética e filosófica. Um ensaio sobre as diferenças culturais entre um país banhado pelo Mediterrâneo e um país escandinavo, entre as suas línguas e formas de as expressar. «A minha primeira língua é um coração que bate. A segunda, um pensamento. A primeira vinha-me das entranhas. A segunda, do cérebro. O problema estava em conciliá-las.»
Escrito originalmente em grego – e não em sueco, como o autor fez nos últimos 50 anos –, Outra Vida Para Viver foi traduzido para português por José Luís Costa e chega às livrarias a 2 de junho.